SupplementPoster 1165, Sprache: Portugiesisch, EnglischCorreia, Francisco / Felino, Antonio / Pozza, Daniel Humberto / Gouveia, Sonia / Almeida, Ricardo FariaCaso clínicoObjetivos do procedimento: Reconstrução óssea da maxila para a colocação de implantes. Apresentação do caso clínico (procedimento clínico passo a passo e suporte científico que fundamente o procedimento); Paciente do sexo feminino, 50 anos, sem patologias sistémicas, fumadora de 10 cig/dia, com espessura da crista óssea média ≤3mm. Realizou-se uma incisão linear entre a região do dente 18 a do 28, com elevação de retalho em espessura total. Realizou-se a elevação do seio maxilar bilateral pela técnica de janela lateral descrita por Cadwell-Luc, e fixação dos blocos de xenoenxerto com parafusos de fixação recobertos com membranas de colagénio para promover uma ROG pelos princípios descritos por Melcher. Suturou-se com pontos simples (supramida 4/0).
Resultados imediatos, de curto e de médio prazo: A TAC (10 meses) mostrou um ganho ósseo que permitiu a colocação dos implantes, conforme planeado.
Discussão: Nos primeiros 2-3 anos após exodontia ocorre uma reabsorção do volume ósseo original entre os 40-60%[1]. O tratamento entendido como o "Gold Standard" para reconstrução com blocos ósseos onlay é o osso autologo intra ou extra-oral[2]. A colheita requer um segundo local cirúrgico, aumentando o tempo cirúrgico, o risco de morbilidade e de desconforto do paciente[3], apresenta uma tendência para a reabsorção, especialmente quando de origem extra oral, limitando a durabilidade do aumento ósseo[4, 5]. Para ultrapassar estas dificuldades os blocos de xenógenos são uma boa alternativa, na reconstrução dos maxilares, apresentando propriedades biológicas, comprovadas radiograficamente e histologicamente, de remodelação e incorporação ao osso nativo[6-10]. Hammerle et al. indicam que o tempo de espera para a segunda fase cirúrgica deve ser de 9-10 meses[7].
Conclusões: A utilização de blocos xenógenos apresentou ótimos resultados no aumento do volume ósseo evitando a morbilidade associada aos blocos autologos.
Indicação final das fontes de financiamento: Os materiais de regeneração forma cedidos por duas empresas: Osteobiol mp3® e as membranas Evolution® pela empresa Tecnoss® e o bio-oss block®, bio-oss® granulado e bio-gide® pela empresa Inibsa®. Os implantes dentários e os componentes foram cedidos pela Dentsply®.
Este trabalho foi parcialmente financiado pela FCT, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, através dos projectos UID/CEC/00127/2013 (IEETA/UA, www.ieeta.pt) e UID/MAT/04106/2013 (CIDMA/UA, http://cidma.mat.ua.pt/). S. Gouveia agradece o financiamento de Pós-doutoramento pela FCT (ref. BPD/87037/2012).
Schlagwörter: Aumento de volume da crista maxilar, enxerto ósseo, substituto ósseo, regeneração óssea, bloco mineral de ósseo bovino, caso clínico